“O exame do pulso é tão importante , revelador e difícil que deveríamos palpar os pulsos ao invés de apertar-nos as mãos. ”
Hu HSin Shan - Mestre de Tai-chi-chuan
Saber onde se deve puncionar ou moxar constitui o resultado de um exame clínico, isto é, de um diagnóstico. Diagnosticar onde reside o desequilíbrio de energia é ao mesmo tempo precisar o lugar onde se devem aplicar as agulhas ou fazer as moxas.
O exame do paciente tem por objetivo descobrir e existência de desequilíbrio da energia , o que pode ser feito de várias maneiras ,segundo normas ocidentais e orientais.
Dentro da medicina tradicional chinesa (MTC), a forma mais importante de diagnóstico de desequilíbrio energéticos é a PULSOLOGIA CHINESA , que é feita, desde a antigüidade através da palpação de artérias.
Em outros países a palpação das artérias também é elemento de diagnóstico, mas não tem a importância dada pela MTC ,que utiliza esse método para o exame acurado do estado energético de todas as funções orgânicas do corpo humano.
Nesse trabalho serão enfocados os principais aspectos desse método , além de informações adicionais que são importante para o entendimento da PULSOLOGIA CHINESA.
O exame do pulso tal como se descreveu ,é uma prática relativamente recente, que se aplica desde há aproximadamente 17 séculos. No livro sagrado da acupuntura, isto é , o Nei Ching, que procede do século terceiro antes de cristo, o pulso se toma e se interpreta de maneira diferente da que veremos. O diagnóstico era feito não só por um único segmento de artéria, no caso , a radial, mas por um conjunto de segmentos de artérias localizados em diferentes partes do corpo : Os chamados pulsos reveladores , hoje usados com finalidade complementar de acompanhamento do tratamento.
Quando olhamos alguém sendo submetido a uma tomada de pulso para diagnóstico surgem perguntas naturais do tipo :
“como é possível saber o estado geral e particular de órgãos e funções palpando um segmento de artéria?” , “O que se deve sentir no pulso do paciente?”, “Existe diferença de pulsação em tão curto espaço de artéria?”.
Formularam-se várias hipóteses para explicar essas e outras perguntas. Em primeiro lugar devemos reconhecer o pulso como uma expressão energética. Com efeito , a cada batida do coração o sangue expulso pelo ventrículo esquerdo choca-se com o sangue contido na aorta. O que percebemos no pulso não é o deslocamento da massa sangüínea ,mas o resultado desse choque que se manifesta por uma série de ondas ao longo do sistema arterial.
Nas artérias , o sangue se desloca , mas o faz com um velocidade muito inferior a da onda pulsátil. Além disso, sendo um tubo elástico , a artéria configura o fenômeno com aspectos particulares . Temos ,pois , três fatores que decidirão sobre o aspecto do pulso: 1) a força do impacto contrátil do coração ; 2) as condições da massa de sangue ( viscosidade ); e 3) o estado da parede arterial ( elasticidade, contratilidade e resistência periférica) . Esses três fatores se combinam entre si tornando muito difícil uma discriminação .
Além desses três fatores fundamentais , existe uma onda energética que descreve uma série de períodos compostos de ondas e nós.
A prática da percepção tátil dos pulsos nos diz que cada pessoa tem seu pulso próprio , tão característico como as suas impressões digitais.
Apesar de isso não ser sinônimo de demonstração científica de uma relação órgão-pulso .Essa relação ,no entanto ,está garantida pelos fatos , já que é quase impossível praticar a acupuntura sem o profundo conhecimento da PULSOLOGIA CHINESA.
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