quarta-feira, 26 de outubro de 2011

AROMATERAPIA: UMA CIENCIA FANTASTICA

Já parou para se perguntar como os aromas afectam sua vida? No dia a dia, entramos em contacto com vários tipos de odores e sensações diferentes e não nos damos conta disso.

A Aromaterapia existe de uma forma ou de outra há milhares de anos e o nosso sentido do olfacto faz parte do modo como percebemos o mundo. A diferença é que, com o decorrer do tempo, foi ficando cada vez mais claro e óbvio o potencial terapêutico de certas substâncias aromáticas. A essas substâncias damos um nome específico: óleos essenciais.
Os óleos essenciais são compostos orgânico ricos com uma complexa estrutura química. Um extracto concentrado e muito volátil obtido pela destilação a vapor de água a partir de plantas aromáticas. São verdadeiramente holísticos no sentido de que podem exercer um poderoso efeito positivo sobre a mente, o corpo e o espírito.
Como construi-se a Aromaterapia através dos tempos?
Desde a mais remota antiguidade, mais ou menos 4.500 A.C., os egípcios já empregavam extractos de plantas em domínios tão variados como a farmacologia, astrologia, cosmética, embalsamamento, etc. Usavam muito o incenso, cipreste, mirra e cedro.
Muitas evidências mostram que os chineses e também os indianos (Sistema Ayurveda) teriam utilizado ervas e compostos aromáticos durante o mesmo período que os egípcios. Exs: opium e gengibre
Na Idade Média, os alquimistas e ervanários interessaram-se vivamente pelos óleos essenciais. Nessa mesma época encontrava-se as chamadas feiticeiras que conheciam bastante bem as diferentes virtudes das plantas medicinais. Muitas acabaram queimadas por isso, acusadas pela Igreja Católica de praticarem magia negra.
As cruzadas da Idade Média desempenharam um papel crucial no desenvolvimento da ciência dos perfumes.
Em 980 D.C. a 1037 D.C. Avicena, físico árabe, foi reconhecido por ter sido o primeiro a ter utilizado o processo da destilação para extrair o óleo de rosas, contudo levou-se muitos anos para que o método fosse aperfeiçoado adequadamente.
Mas foi em 1928 que René Gattefossé, químico francês criou o termo aromathérapie. O seu trabalho de pesquisa foi o resultado de um acidente sofrido enquanto trabalhava no laboratório de uma perfumaria. Ao sofrer queimaduras graves na mão, ele mergulhou-a numa tigela que continha óleo puro de alfazema. A mão sarou rapidamente e ele percebeu que as propriedades curativas do óleo puro eram maiores do que dos sintéticos nos quais ele estivera trabalhando até então.
Atualmente a aromaterapia é uma forma de tratamento reconhecida em diferentes países e pela Organização Mundial da Saúde.

Como actua a aromaterapia?

Basicamente o que precisamos saber é que os óleos essenciais penetram no corpo de diferentes maneiras. Podem ser inalados, passando para a corrente sanguínea pelos pulmões ou fazendo com que os sinais sejam transmitidos através de impulsos nervosos. Esses são oriundos dos quimio-receptores de fibras nervosas do epitélio olfactivo que vão directamente para o sistema límbico do cérebro, onde se controlam os instintos, a memória e as funções vitais (é por isso que um aroma pode ser tão marcante ou significativo).
Também podem ser absorvidos pela pele durante uma massagem com cremes, por exemplo, atuando localmente na epiderme ou passando pela derme, chegando até o sistema circulatório, que é o principal sistema de transporte do organismo.
Quais são os principais componentes químicos dos óleos essenciais e suas propriedades?
Os óleos essenciais contém diferentes moléculas aromáticas dotadas de propriedades precisas. Entre elas podemos citar os terpenos, os fenóis, os álcoois, aldeídos, cetonas, ésteres, ácidos e lactonas, que funcionariam basicamente, cada um em sua categoria como antivirais, anti-sépticos, estimuladores da regeneração celular (cicatrização), bactericidas, estimulantes do SNC e imunológico, expectorantes, tónicos, hipotensores. Também podem atuar na diminuição da temperatura do corpo, como analgésicos, anti-inflamatórios, fungicidas, podem ter efeito positivos sobre o sistema endócrino e até dissolver cálculos biliares.
Exs. de óleos essenciais com algumas dessas características: Alecrim, Pau Rosa, Patchouli, Funcho, Bergamota, Alfazema, Manjericão.
Como podemos utilizar nossos óleos essenciais?
“Tudo é venenoso, nada é venenoso – é a quantidade que determina o veneno”. Já dizia Paracelso, um dos pais da Medicina Moderna.

Estes pequenos frascos contém um conteúdo misterioso que vale a pena desvendar. Poucas gotas de óleo essencial em um ambientizador têm efeitos fantásticos podendo aliviar o stress do dia a dia; banhos de imersão com apenas 10 gotinhas te farão relaxar com certeza, além de inalações (a seco ou a vapor), cremes, sabonetes, géis, compressas, e claro, em uma massagem terapêutica. Podem ter acção psíquica e espiritual, exercer acção específica sobre os diversos órgãos e funções do corpo além de serem peça-chave para excelentes produtos de beleza, inclusive caseiros.

Não se esqueça de que não se deve utilizar os óleos essenciais puros sobre a pele pois são compostos muito concentrados. Devem ser correctamente diluídos em outro veículo (óleo ou creme base). Não hesite em consultar um especialista, ou mesmo livros didáticos para desfrutar de toda a potencialidade dos óleos essenciais e também para não cometer erros que possam levar a reacções alérgicas e outros acontecimentos desagradáveis.
O mundo dos aromas é um universo de uma subtileza extrema que nos liberta do peso da rotina diária. Isto é, já de si, suficiente para colocar ao seu alcance forças benéficas que harmonizam o corpo e o espírito. A partir dai, a aromaterapia consegue realizar muitos outros milagres…

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