quinta-feira, 27 de outubro de 2011

CEFALÉIA E ENXAQUECA EM CRIANÇAS

Entre as doenças mais difíceis de diagnosticar em crianças estão os vários tipos de cefaléias e enxaquecas.

A partir do caso ilustrado com o menino de 10 anos, o médico Hong Jin Pai teve as seguintes conclusões:
1. Infelizmente, a Acupuntura ainda é a “última opção” do paciente ou uma opção alternativa. Desse modo chegam com mais freqüência pacientes crônicos.
2. Os pacientes crônicos apresentam mais sintomas e mais doenças associadas, o que muitas vezes dificulta o tratamento, assim como o manuseio de medicamentos.
3. Há sempre a necessidade de confirmar o diagnóstico. E estes, por serem casos crônicos, tanto os sintomas quanto a evolução clínica podem confundir o médico.
4. Nesse caso específico de AJP, 10, os sintomas eram tipicamente de enxaqueca e só foi possível de identificá-la após uma inteiração maior com o garoto, valorizando seus relatos e não só os relatos da mãe.

Saiba mais sobre enxaqueca e cefaléias:

A enxaqueca atormenta 30 milhões de brasileiros, atingindo também as crianças. Não existem números precisos, mas a experiência no atendimento ambulatorial de grandes hospitais aponta que a incidência de enxaqueca entre as crianças de 6 anos chega a 4% entre os pacientes atendidos. Os médicos acreditam que os "baixinhos" com menos de 6 anos sofram com essa intensa dor de cabeça.
Geralmente só é possível realizar um diagnóstico preciso e explicar melhor os seus sintomas quando a criança está em idade escolar. Esse não é o único problema. Identificar corretamente a enxaqueca, muitas vezes, é um desafio também para os médicos, pois esta dor não tem uma causa orgânica, sendo de difícil tratamento. É um mal com o qual é preciso aprender a conviver.
A enxaqueca é uma dor latejante, que começa em um dos lados da cabeça, podendo ser acompanhada de náuseas, vômitos, dor abdominal, hipersensibilidade à luz e aos sons, além de formigamento nos braços e pernas. Às vezes, enxergam-se estrelinhas ou o campo de visão fica limitado: pessoas e objetos são vistos pela metade. Em alguns casos, as crises podem durar até 72 horas. Mas esses incômodos não são iguais para todos os pacientes, levando a uma sucessão de consultas para se chegar ao diagnóstico correto. Visitas ao oftalmologista, otorrinolaringologista e ao dentista costumam ser as etapas iniciais da peregrinação para muitas crianças. Não há exames que detectem a enxaqueca e os médicos costumam diagnosticá-la a partir da exclusão de outras doenças.
A família pode ajudar a detalhar os hábitos, atividades e alimentação da criança. Importante informar se há parentes que sofram de enxaqueca, pois, de acordo com as estatísticas, 91% dos pacientes têm parentes com o mesmo problema; sendo na maioria casos de "herança" materna. A probabilidade dos filhos "herdarem" esse distúrbio é 12 vezes menor se, na família, o pai tiver enxaqueca.


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